Antes dos 28 anos tinha muito medo de ser mãe, até que a
partir disso comecei a pensar seriamente na ideia. Enfim a gravides, nasce em
07/09/1994 um lindo garoto, o qual fez minha vida se transformar totalmente, passando então ser a mãe.
Muitos devem se perguntar a onde ela quer chegar? Vou lhes
dizer.
Meu medo era firmado em ter a responsabilidade de criar um
ser independente de mim, uma pessoa com personalidade própria, vontades, enfim.
Hoje meu lindo garotinho está com 17 anos, um homem lindo, meigo, muito
carinhoso mesmo, passamos por muitas coisas juntos, bons e maus momentos, mas
sempre juntos.
Apesar de toda mãe e todo pai saber exatamente que seus
filhos um dia irão ter sua própria vida, nós carregamos a inútil esperança de
termos sempre eles por perto. Mas, isso para mim não é o mais difícil, o que
realmente me assombra é o destino, o rumo, as escolhas que ele fará para sua
vida. O que me aterroriza é como ajudar sem interferir, sem ferir, sem ser a
chata.
E descobri uma coisa muito triste, não há como. Ele terá infelizmente
que passar por tudo sem que eu possa ajuda-lo. A orientação que nós tentamos
passar é tida como interferência. E entramos em uma paranoia que só nos
complica mais, nos afasta. Nossa visão panorâmica nos permite assistir ao filme
da vida deles em 2x e isso nos faz ver a frente.
Diante a tudo isso eu me pergunto: Como devo agir?
Existem milhões de receitas prontas pelos psicólogos, mas
confesso nenhuma serviu para minha vida com meu filho. Comecei então a me
perguntar como gostaria de ser tratada e resolvi aplicar ao meu filho.
E descobri uma coisa muito séria isso não da certo também,
então e ai o que realmente vale? Resposta que eu achei Ame seu próximo como a
ti mesmo.
Mas isso é contradição do que eu disse acima que trata-lo como eu
gostaria de ser tratada também não deu certo, errado não é contradição quando
entendi que amar ao meu próximo como a mim mesmo, é aceita-lo como ele é não
como eu sou.
Amar incondicionalmente é o genuíno amor, aceitar seu filho
como ele é, com acertos e erros, bons ou maus, cruéis ou não, fisicamente
perfeitos ou não, mentalmente perfeitos ou não, isso sim é amar ao próximo como
a ti mesmo e não agir com o próximo como se fosse para você. Essa é a forma
mais egoísta de agir, transferir para o outro o que quer para você, seus
desejos e anseios, frustações e tudo o mais que for para você.
Diante aos meus 45 anos eu posso afirmar a todos que eu
aprendi mais nestes 17 anos do que no total de minha vida.
Namastê!
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