Saiba como o nosso cérebro é enganado.
A gente se acostuma.
Qualquer livro de autoajuda barata diz isso.
Mas o que explica o fato de os ganhadores da loteria não estarem muito acima, em termos de contentamento, do que os que foram obrigados a andar de cadeira de rodas?
"A adaptação é uma propriedade dos neurônios."
"As células nervosas respondem vigorosamente a um novo estímulo, mas gradualmente se habituam a ele", diz o professor de psicologia da Universidade de Virgínia, Jonathan Haidt, em seu livro Uma Vida que Vale a Pena (Campus).
O outro lado dessa acomodação é o fenômeno que com o passar do tempo nos faz deixar de ver graça até em coisas boas.
O outro lado dessa acomodação é o fenômeno que com o passar do tempo nos faz deixar de ver graça até em coisas boas.
Por isso podemos ficar habituados a dirigir um carro de luxo ou a comer caviar diariamente no jantar, por exemplo.
É a chamada adaptação hedônica, sobre a qual os cientistas da felicidade vêm se debruçando recentemente.
O conceito explica o fato de que nossa alegria com novas conquistas, ainda que muito aguardadas, nunca dure tanto quanto prevemos.
É o que faz com que as botas caríssimas compradas pela estudante Mayara signifiquem um prazer passageiro e sejam esquecidas em pouco tempo.
O truque para postergar essa adaptação seria apostar em experiências em vez de bens materiais.
Uma geladeira é sempre uma geladeira, já um jantar, ainda que no mesmo restaurante, é sempre diferente.
A adaptação hedônica está ligada diretamente à quantidade de dinheiro em sua carteira.
Se uma pessoa sabe que tem o suficiente para pagar por qualquer tipo de prazer, obterá menos satisfação com ele.
"O que é garantido não tem a mesma graça para nosso cérebro quanto o que precisa ser conquistado", afirma a neurocientista carioca Suzana Herculano-Houzel, autora do livro Fique Bem com seu Cérebro - Guia Prático para o Bem-Estar em 15 Passos (Sextante).
"Foi descoberto que o pico máximo de prazer em nossa mente ocorre ao planejarmos algo que tem 50% de chance de dar certo", diz. "Quando temos 100% de certeza, a liberação dos neurotransmissores da felicidade é menor."
PENSE NISSO!!!!!
Namastê!
Autor Desconhecido
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